O atraso nas colocações de psicólogos nas escolas está a preocupar a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP). A entidade reguladora destes profissionais teme uma redução no apoio e identificação aos alunos com necessidades educativas especiais, um retrocesso no combate ao insucesso e abandono escolar e um aumento da incidência do bullying e da violência nas escolas. Também a falta de uma adequada orientação escolar poderá levar a um aumento dos custos económicos do sistema educativo.

Segundo a Ordem, encontram-se nesta situação centenas de psicólogos integrados em modalidades pontuais de colocação e que desempenham funções no combate ao insucesso escolar, no apoio aos alunos com necessidades educativas especiais, na orientação vocacional e profissional, no apoio e acompanhamento psicológico, no desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional, entre outras.

Estes profissionais são muitas vezes colocados pontualmente em serviços de psicologia permanentes, colmatando desta forma uma necessidade permanente dos serviços de psicologia das escolas. A instabilidade e o atraso na colocação impedem a fixação de muitos profissionais e impedem-nos de iniciar o seu trabalho em conjunto com os outros profissionais da comunidade escolar.

Esta situação leva ao anulamento da fase do planeamento das intervenções e no desaproveitamento dos benefícios educativos, sociais e económicos de uma intervenção psicológica atempadas nas várias áreas já mencionadas.

A Ordem dos Psicólogos está a acompanhar com especial atenção o compromisso da Senhora Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Professora Isabel Leite, que assegurou a continuidade dos psicólogos que prestam serviços nas áreas das Necessidades Educativas Especiais, bem como da manutenção dos psicólogos integrados nos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária que tenham apresentado bons resultados.