
Foi com a “Intervir.com” que se deram os primeiros passos nestes Trilhos. Uma associação sem fins lucrativos que, desde 2009, tem tido vários projetos na área da pobreza e exclusão social, do apoio a crianças e jovens vítimas de violência doméstica e tem, desde 2018, uma Casa de Acolhimento de Emergência. Intervém nos cinco concelhos do Litoral Alentejano e lida com os constrangimentos de um espaço físico pequeno. Isto apesar de terem um edifício grande, mas ainda por recuperar (por falta de verbas).
A reunião aconteceu, por isso, no Agrupamento de Escolas de Santo André, onde as psicólogas que lá trabalham registaram o aumento de pedidos de ajuda de adolescentes na pandemia. “Houve várias situações de emergência”, relatam. Tenta fazer-se prevenção, como era suposto, mas não é fácil. Depois de sinalizados casos onde é necessário intervir, não têm para onde encaminhar as crianças e jovens e acabam por ter de fazer o trabalho que devia ser feito em contexto clínico. Também ali faltam psicólogos que possam dar resposta nos Centros de Saúde.
A direcção da OPP visitou, depois, o Centro de Respostas Integradas (CRI) de Santiago do Cacém. Quem ali trabalha lamenta a dificuldade existente ao nível da prevenção. As condições oferecidas a quem a faz são precárias, o que faz com que tenham de acabar por procurar outras oportunidades. O processo regressa novamente ao zero por quem depois chega, o que dificulta o trabalho realizado pelo CRI.
O dia terminou com uma reunião com os psicólogos dos cinco concelhos do Litoral Alentejano, na Biblioteca de Santiago do Cacém. Ali ouviram-se histórias de superação, conheceram-se novos projetos e teve-se contacto com as principais dificuldades sentidas no terreno pelos psicólogos daquela região.





















