A Psicologia deve ser vista como uma ferramenta de segurança, uma vez que se tornou claro que soluções técnicas, por si, não são suficientes. Desta forma os psicólogos podem contribuir para que os utilizadores adquiram e desenvolvam comportamentos ciberseguros, usando o conhecimento que detêm nas dimensões comportamentais, motivacionais e de tomada de decisão.

Os danos causados por incidentes de cibersegurança estão a motivar as organizações a adoptarem (novos) mecanismos de proteção. Embora mecanismos de controlo técnico sejam necessários, a segurança dos computadores depende, também, do comportamento de segurança dos indivíduos.

Os seres humanos continuam a ser o elo mais fraco na cadeia da cibersegurança e o investimento e desenvolvimento de uma cultura de ciberresiliencia dentro das organizações pode diminuir o risco associado aos fatores humanos, contribuindo para o aumento da eficiência, mitigando riscos financeiros associados aos ataques cibernéticos.

Refira-se ainda que a OPP criou um Programa de Ciberresiliência para trabalhar, perceber e actuar nas dimensões que influenciam os seus trabalhadores e dirigentes a praticarem comportamentos ciberresilientes, tendo em conta princípios da ciência psicológica ligados à atenção, memória, atitudes e crenças.