Há seis meses que Carlos Marcelo Vieira chegou à ilha do Corvo, onde é o primeiro e único psicólogo ali colocado permanentemente. Natural de São Jorge, mudou-se para a mais pequena ilha açoriana, onde vivem cerca de 400 pessoas. Na Unidade de Saúde da Ilha do Corvo (USIC) recebeu a direcção nacional da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e a direção da Delegação Regional dos Açores (DRA). Ali arrancou mais uma edição dos "Trilhos da Psicologia". 

Pelos corredores da USIC, o presidente do Conselho de Administração apresentou cada espaço. Seguiu-se uma reunião com a presença do psicólogo que ali desempenha funções. "Antes havia acompanhamento de psicologia, mas eram psicólogos da Unidade de São Miguel que vinham cá", explicou Paulo Margato. A falta de psicólogos naquela região tinha sido um dos alertas do Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues, depois de outros 'Trilhos da Psicologia', esses na ilha das Flores.   

Já em São Jorge a direcção da OPP reuniu-se com oito das psicólogas da ilha na Escola Básica e Secundária de Velas. Conheceu a realidade dos psicólogos que ali trabalham, em sectores diversos como a educação, a saúde e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). Respondeu a dúvidas e deu ainda a conhecer novas realidades na qual a Psicologia vai ter um papel a desempenhar, como a da inteligência artificial.

Os Trilhos terminaram na ilha da Graciosa, onde as direções da OPP e da DRA se reuniram com três psicólogas na Unidade de Saúde da Graciosa.

Em representação da direcção nacional da OPP esteve o Bastonário Francisco Miranda Rodrigues, as vice-presidentes Sofia Ramalho e Renata Benavente e o vogal da direcção Tiago Pereira. A direcção da Delegação Regional dos Açores (DRA) vai estar representada pelo presidente Marco Santos e pelos membros da direcção Carla Rocha e Paula Domingues.

Os Trilhos da Psicologia são uma iniciativa da Ordem dos Psicólogos Portugueses que a consiste num conjunto de visitas a instituições locais, com o objetivo de conhecer melhor a realidade da intervenção psicológica de uma determinada região, promover e divulgar boas práticas e auxiliar na construção de redes de contacto locais, de forma a beneficiar os cidadãos da zona.