"Só integrando a prevenção e a promoção de políticas públicas de forma sistémica conseguiremos virar a maré contra as drogas e substâncias sintéticas, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa", sublinhou.
Sofia Ramalho destacou ainda o exemplo de Rabo de Peixe", que ilustra como a pobreza, o trabalho precário, a baixa escolaridade, o acesso limitado a serviços e o isolamento geográfico ampliam as vulnerabilidades. Estas condições expõem jovens e famílias a mercados dinâmicos de droga e a novas substâncias psicoativas."
Para "virar a maré" é, por isso, necessário "mudar o contexto" de vida das pessoas e não apenas o comportamento individual. "Isso implica combater a pobreza as desigualdades, fortalecer escolas e famílias, ampliar as oportunidades e regular tanto os ambientes físicos como digitais".
"A prevenção e a promoção são a verdadeira estratégia, para a qual os psicólogos e as intervenções de base comunitária são fundamentais". Reforçou também a necessidade de cooperação internacional: "Todas as parcerias entre países são necessárias e urgentes. Precisamos de trabalhar em conjunto, a nível regional, nacional e europeu".
Por fim alertou para o impacto "muito mais severo e permanente" das drogas sintéticas, que estão a causar "devastação social e humana em larga escala.