No arranque dos trabalhos, a vice-presidente da OPP, Sofia Ramalho, destacou o trabalho realizado ao longo dos últimos dois anos e meio, pelo grupo Global Psychology Alliance, que junta já representantes de 68 associações profissionais de psicologia de todo o mundo. "Na Cimeira Lisboa sobre as contribuições da Psicologia para a saúde global comprometemo-nos a uma colaboração contínua na aplicação da ciência psicológica para avançar conjuntamente no progresso em questões globais críticas. Vamos continuar juntos, fazendo a nova Agenda para 2025!", afirmou Sofia Ramalho.
A psicóloga Margarida Gaspar de Matos foi Keynote Speaker nesta Summit Internacional, numa intervenção sobre "Justiça intergeracional, juventude em ação e saúde planetária", destacando a participação dos jovens.
No final destes quatro dias de trabalhos foram assumidos novos compromissos: uma proclamação e uma resolução, assinadas pelos representantes das associações profissionais de psicologia ali presentes, de onde se destacam os três novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a priorizar.
Saúde e bem-estar, redução das desigualdades e combate à crise climática
Três dos objectivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) da Agenda 2030 foram assumidos como prioritários por este grupo, que junta associações de psicólogos dos cinco continentes. São eles garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades (objectivo 3), reduzir as desigualdades no interior dos países e entre países (objectivo 10) e adoptar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos (objectivo 13).
Jovens psicólogos defendem impacto do comportamento humano nas mudanças climáticas
Os jovens psicólogos, enquanto líderes emergentes do programa de mentoria APA Learning Leadership Institute (entre eles as portuguesas Telma Miranda e Carolina Garraio) emitiram uma declaração no final dos trabalhos conjuntos.
"Como psicólogos e estudantes de psicologia, devemos assumir a responsabilidade de mitigar e prevenir as mudanças climáticas e emergências relacionadas", pode ler-se na declaração. É ainda sublinhada a importância de se ultrapassarem as abordagens disciplinares fragmentadas e isoladas e de haver antes uma abordagem integrada ao combate à crise climática, feita pelos diferentes setores da sociedade: científicos, educacionais, políticos e comunitários.